sexta-feira, 13 de abril de 2007

Seu colo me olhou de relance e mal deu tempo de esquecer como era precioso descansar a cabeça ali

O cheiro das garrafas já se misturava ao bafafá das vozes e suas conversas loucas quando cheguei. Todos tão suados e tão felizes. Pareciam malditos bonecos em uma fila de precipício, doidos pra pular. Seu colo me olhou de relance e mal deu tempo de esquecer como era precioso descansar a cabeça ali. Aquelas pedras no chão formavam uma calçada fina, que garantia todas as respostas sobre a separação entre o céu do inferno. O calor amenizado por vidros caramelados cheios de cerveja gelada em abrigo, era signo. Logo o sol foi dormir e a tarde foi pra noite, que veio pro dia, que virou ao avesso falsas poesias. Autores trocados, intrigados em mesas de uma homenagem a tudo que é insano e barato. E eu ali, falando baixinho em seu ouvido tudo aquilo que combinei não dizer.

Um comentário:

Anônimo disse...

pedras no chao...me remeteu a algo...lembrou?? hahahaha.beijos querido. amei o texto!!!