segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Folia

Sinto raiva. Inclusive uma raiva bem definida. De toda essa gentinha que é boa demais pra demonstrar raiva.
Fique aí com toda sua pose, toda sua sensibilidade aflorada e imaturidade que faz essa insegurança, que já achei sexy, tornar-se irritante. Fique com os presentes que lhe dei ou cogitei dar e toda poesia que já pensei em te oferecer. Fique com um pedaço de meu coração também. Ou ele inteiro. Se vira. Até porque o problema é seu, já que entrou numa de maltratar o pobre coitado (mesmo talvez não sabendo). Segura a onda. Leve pra casa. Ou jogue fora como tudo que exala vida e por isso é denso demais pra você suportar. Fique nesse teu mundinho de mentira, de faz de conta. Cansei. Que você é interessante pra caralho eu já sei de cor, mas se faz tanta questão de esconder isso, de mutilar o seu melhor, que se foda. Não é nem papo de a fila andar não, é mais um lance de busca mesmo, de procurar me resolver. Um tête-à-tête que rola entre eu, o que sinto vontade e o que posso fazer. No seu caso, nada. Já deu. Seria no mínimo constrangedor insistir nisso agora. Obsoleto. Pode parar de surpresa, festinha, ceninha. Deu. E tô tão tranqüilo e infalível em relação a isso que nem me dou o trabalho de procurar um sinônimo estiloso ou que se encaixe liricamente no que sinto. Prefiro falar na lata que tô é com raiva. Puto. Mas com o coração em pedaços...sim. True. Parabéns pra você. Comemora aí toda tua indiferença, todo esse olhar blasé pra vida que pulsa e é tão urgente dentro de mim. Poderia realmente ter amado você. Tchau.
Nessa sua acidez polvilho açúcar. Tua ironia saiu de moda aqui no meu peito. Eu quero é folia.