segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Balada de um quase escritor

E por não saber palavras em música, guardo espaço pras minhas letras livres. Despertas ao colocar pra fora essas sensações. Então surgem canções que se expressam com papel, feitas pra se cantar em olhos famintos. O que faço te homenageia, quando já nasce bonito. Se surgem as palavras tristes, são vírgulas. São pausas. São apenas parágrafos, que convidam um mundo novo a um novo bloco de idéias. Escrevo em sintonia com meu peito, nada, nada em vão. Se tomo isso como sagrado, meu relicário é minha estante. Cheia de espaços pra novas rezas. Com minha religião tão pouco rígida, essa postura faz-se em convite ao novo. Quando escrevo pra você é pensando em palavras sem rimas. Canto cada frase com um ritmo próprio.Teu sorriso de criança me responde como encanto e faz melodia. Não preciso de um samba, pra sagrar-te santa. Quero-te em lama, quase meretriz. Não preciso de banda, candomblé, batuque, nem ciranda. Preciso de vento na cara. Preciso de Copacabana. De um profano espaço de apoio, papel e paixão. E assim, quase sem graça, apresento meu mundo. Me escrevo em convite, quase dedo em riste, de uma Tijuca que insiste: não te quer triste. Pra variar subvertendo verbos, com cismas, com manias. Sentindo em nós toda essa falta de razão que só confirma. São respostas à tudo aquilo que nem precisaríamos provar ainda.

Um comentário:

André Aires disse...

Não é nenhuma novidade que você escreve muito. Mas dentre as várias opções do seu rico menu, prefiro as que fazem bem a minha saúde.

Sei lá... é muito mais você. Quer dizer... todas são você, mas ainda assim prefiro essas.

A não ser que você pague a conta, hehe...

Abraceta!!!