sexta-feira, 18 de julho de 2008

Notas de um mesmo assunto nº32

Talvez esta fosse a melhor hora pra ir dormir. A rua quase sem carros, sem ônibus. Só pedras meio molhadas de um frio úmido e chato. Apesar de minhas garrafas de vinho tinto seco, confesso que sempre prefiri o sol ardendo em todos os meus motivos. O calor deixando a mostra meus desenhos em pele, que o inverno esconde, só dando de presente a quem fez por merecer em verdade olhar meu corpo nu. Nesses pecados em série que minhas noites de lua quente se transformam, sigo colhendo notas e colecionando seios, pernas e pescoços absurdos. Não preciso de muitos colapsos pra enxergar loucura em moças de boa família, mas insisto em querer todo seu conteúdo à mostra: celebrar o ridículo vira condição sinequanon.

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