quarta-feira, 18 de junho de 2008

Twelves

Entre as colagens, coisas vão fazendo sentido. Entre ritmos, somos amigos e confidentes. Sigo pelo som que lembra outras consequências livres. Nesse ponto é tudo música e vibramos por isso. Nesse acaso vão fazendo sentido as quebras. Batidas que não nos machucam. Apenas nos libertam, quando salvam nossa noite. Pedimos permissão pra rir de tudo que não cerceia essa liberdade em nossos quadris. Somos criancas que pela manhã viram adultos, mas podem virar o que sua cabeça imaginar. Nosso pescoço está a prêmio e ninguém arranca essa nossa vontade de arriscar tudo por um lugar ao lado das caixas de som. Se vão-se os sentidos que voltam pedindo mais e mais, ao menos decidimos não censurar as novas vontades. Clássicas verdades de momento, que como pecados irresistíveis se ornamentam em cores vibrantes. Vão de boca em boca e de peito aberto em peito aberto. Pegam fogo como riachos de lava, represados no volume do grave que distorce orgãos e horários. Fica tudo mais claro. Todo nosso sofrimento não some, nem nunca ousou querer isso, apenas se embrulha numa leveza que o deixa menos pedante por algumas horas. A gente se reencontra com eles na saída, no meio do set ou na hora que ele resolver aparecer. Até porque ele é genuíno como essa felicidade que me invade em absinto. Se ninguém está querendo fugir de nada, a gente só não precisa de um motivo novo pra dançar que não seja uma música empurrando nosso coração pra fora do que você achar feio.

2 comentários:

denys disse...

Caralho...

Te acompanho há algum tempo e ouso dizer que essa sua fase eletrônica ta bem fértil...muito bom.

THORPO disse...

Faz um tempinho q tava meio fora da net e não vinha aqui no teu blog. Bons textos, camarada.
Abraço