segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

8,2 km

E leve respiro com meu nariz completamente descongestionado. Apaixonado, meu pulmão funciona bem. Tenho fôlego de criança e ando sem apego junto a tudo que faria uma falta danada senão estivesse tão despretensiosamente presente. Dou furos que de tão burros me aquecem como um banho de mar numa tarde nublada e fria. Sou absolvido em meus fracassos por cada sorriso seu. Por cada olhar que me fuzila cheio de amor, semi cerrado, cheio de tesão à flor da pele. Estou falando de mim, que encontrei meu caminho. Estou falando que posso andar para o lado, mas só vejo graça em descobrir mais o que nossa história pode dar. Estou falando. São claras as minhas pequenas contradições. Tão certas que me fornecem leveza. Me sinto em albergue, sem rotas, não preciso responder-te sim. Não deixo a coragem escapar, sigo forte em minhas idéias. Tenho suporte em cada passo, que se bem dado, encontra seu corpo ao lado encostado a mim. Nossa história já tão cheia de estórias segue simples, segue indo bem, meio assim. Tem seus pontos fortes, seus pontos fracos, mas não admite distâncias, então seguimos sem achar tudo tão fácil. Minha dança pede você, minha bailarina. Nossa cama não admite fim. Se te quero em fogo, te espero em pleno vento. Não preciso proteger meus olhos da poeira ou da sujeira do tempo, nem proteger tuas dores de mim. Você é minha e não há nada que possamos fazer. Em liberdade poderíamos ir embora a qualquer breve momento, mas não seria justo, nem, tolamente, ousaria isso significar um fim.

Um comentário:

André Aires disse...

Demais, meu rei.

Cada dia vejo que há muita realidade por de trás de cada fantasia.

Abracos.