quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Beautiful life

Fecho a janela por causa do vento. Já basta esse frio todo que sua ausência deixa entrar. Leio Capote e penso em como pude esperar tanto tempo pra conhecer a capacidade quase tola, de tão brilhante que ele tinha, em ser detalhista sem ser chato. Me choco em como me espanta o começo do mês vindo avisar que já tô sem grana. Minha sorte é meu café, minha cama e tudo aquilo que guardei pra jogar fora no futuro. Minha sorte são minhas corridas, o corpo dolorido. Vou seguindo esperando um você que já é quase completamente um só meu. Vivendo uma melancolia cheia de estilo, mas perecível, carregada pelo cheiro das bandas novas que a internet apresenta pra mim todo dia. Vou colando post-it em tudo pela casa, pelo corredor, pela rua. Renuncio o nome de cada coisa, inventado novos apelidos pra tudo. Novos nomes. Chega a ser tranqüila a fase de transição. Vou sentir uma saudade levemente doce de você qualquer dia. Nada que minha boca não ache por aí. É só a gente esquecer esse esquema blazé de não dar importância pras noites do caralho. Até porque a gente já teve várias. Peço pra você largar o set do Gui Boratto rolando alto mesmo. Vem me abraçar, vem. Tô nem aí pro teu batom forte, a gente se suja juntos.

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