terça-feira, 21 de outubro de 2008

Abalo sísmico

Entre um abalo sísmico e outro, sigo escrevendo minhas histórias. Já nem sei mais onde começam e onde terminam. Duro golpe pra quem demorou a perceber que prefere o sossego. Mas se a intensidade faz parte de mim e já nem me atrevo a afrontá-la, escolho a gentileza. Peço bençãos, peço desculpas e simplesmente não tolero mais o orgulho de quem parece não saber se ama ou não. Ressentimentos secam motivos que não preciso carregar comigo. Se queres amor tens meu peito. Tens também toda minha estupidez e todos meus piores momentos. Triste preço o do apreço. Triste fim. Corajoso recomeço.

2 comentários:

André Aires disse...

"ê.... vida boa. Quanto tempo faz... ai mas que saudade, mas que vontade de tocar vila de verdade, e de fazer canções como as que fez meu pai."

"ê... vida boa..."

"Um dia eu me tornei o bambambã da esquina, em toda brincadeira, em briga e namorar. Até que um dia eu tive que largar o estudo, e trabalhar na rua sustentando tudo, assim sem perceber eu era adulto já."


"ê... vida boa..."

Pois me beijaram a boca e me tornei poeta, mas tão habituado com o adverso, eu temo se um dia me machuca o verso. E o meu medo maior é o espelho se quebrar.

"Nascido no suburbio nos melhores dias..."

Teca Avelar disse...

Vc escreve, descreve e se expressa de uma forma incrível.

Corajoso consigo, com as palavras .... sem dúvida muito bem preparado para qq recomeço !

;)